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Como convivi com o Coronavírus e quais foram as lições que eu aprendi
Estou sempre em busca de novos conhecimentos e tecnologias que possam melhorar o meu dia a dia.
Me considero rápido na adesão de produtos e serviços que possam tornar a minha vida e os meus negócios mais competitivos.
Confesso a você que quando o Coronavírus chegou no Brasil eu tracei uma meta de fugir para as últimas posições no ranking dos infectados…
Assim como você, eu não tinha interesse nenhum em ter contato com essa doença terrível. Mas não foi isso que aconteceu…
“Infelizmente me contaminei com o COVID-19”
Resolvi contar para você como foram os dias que enfrentei essa batalha.
Sábado, dia 15 de agosto de 2020 – (dia 1)
Percebi que algo estava estranho comigo e a minha rotina diária não era mais a mesma.
Não me sentia doente e sim incomodado por um mal-estar que ia e voltava de hora em hora.
Domingo, dia 16 de agosto – (dia 2)
Acordei e já me senti com um início de uma gripe e durante todo o dia essa sensação prevaleceu.
Segunda-feira, dia 17 de agosto – (dia 3)
Acordei melhor porém com passar das horas comecei a sentir dores pelo corpo todo que também variavam de intensidade fraca a forte em questões de minutos.
“Devo estar com gripe”, foi esse o primeiro pensamento que tive.
Tomei então um medicamento indicado para estado gripal.
Terça feira, dia 18 de agosto – (dia 4)
Nesse dia acordei bem melhor e bastante animado, trabalhei normalmente pela manhã e logo no início da tarde, aquelas sensações de gripe voltaram novamente.
Quarta-feira, dia 19 de agosto – (dia 5)
O dia amanheceu, acordei por volta das 6:30h e senti uma grande melhora. Trabalhei na parte da manhã e algo diferente começou a me incomodar por volta das 14h.
Comecei a ter mal-estar novamente e agora acompanhado com uma tosse bem seca e contínua principalmente quando conversava.
Por volta das 16 horas fui tomar um café da tarde e nesse momento percebi que não estava sentindo nem o gosto e nem o cheiro do café.
Comecei a testar o olfato e o paladar de diversas maneiras e nada, não conseguia mais identificar qualquer diferença no que comia ou bebia.
Nesse dia passei por uma consulta médica e recebi a orientação para ficar isolado e iniciei o tratamento com um remédio indicado para essa situação. Não fiz o teste naquele dia pois poderia dar um falso negativo ou falso positivo.
Quinta-feira, dia 20 de agosto – (dia 6)
Passei o dia todo com dores pelo corpo inteiro e muito mal-estar. Parecia que meus ossos estavam se quebrando.
Sexta-feira, dia 21 de agosto – (dia 7)
Além de dores intensas pelo corpo, comecei a ter diarreia e fortes dores de cabeça que alternavam de fraca a forte.
Sábado, dia 22 de agosto – (dia 8)
Nesse dia comecei a perceber um incômodo ao respirar a ponto de em alguns momentos ter que me esforçar para conseguir fazer aquela respiração profunda.
Domingo, dia 23 de agosto – (dia 9)
Nesse dia eu estava bem cansado, um pouco debilitado e com a sensação de que havia corrido uma São Silvestre inteira.
Na parte da tarde, comecei a ter um aumento intenso da tosse.
Agora eu sentia um conjunto de sensações doloridas pelo corpo todo.
Confesso que tenho uma saúde ótima e foram raras as vezes que peguei gripes fortes.
Comparativamente, posso dizer que se eu estivesse apenas gripado, naquele momento, meus sintomas estavam multiplicados por 10 em relação a última gripe mais forte que tive.
Segunda-feira, dia 24 de agosto – (dia 10)
Por mais incrível que possa parecer, acordei nesse dia muito melhor. A única coisa que estava me incomodando bastante era uma tosse seca e constante, que aumentava de intensidade quando eu conversava.
Nesse dia, seguindo as orientações médicas, fui fazer o teste rápido e recebi o diagnóstico que eu estava infectado com o COVID-19.
Ao analisar todos os sintomas, ficou pressuposto que eu estava no 10º dia da contaminação.
Fui orientado a permanecer em isolamento por mais 7 dias.
Minha esposa e filha foram orientadas a fazerem os testes imediatamente e o resultado das duas felizmente foi negativo.
A partir de então, outra preocupação tomou conta de mim, fiquei com receio de que outras pessoas que eu tive contato nos dias anteriores, pudessem ter sido contaminadas.
Por outro lado, eu achava que já havia passado pelos piores sintomas do Coronavírus.
Eu estava totalmente enganado.
Terça-feira, 25 de agosto a Sábado, 29 de agosto – (dia 11 até o dia 15)
Esses 5 dias foram muito difíceis pois tive dores frequentes pelo corpo todo e com muito mais intensidade na cabeça.
O cansaço e a falta de ar se mantiveram intensos em todos esses dias. Em um deles, tive febre que logo desapareceu após tomar o medicamento indicado para essa finalidade.
O meu paladar e olfato começaram a retornar gradativamente no dia 29 de agosto.
Nesse período, a minha preocupação estava com a integridade da saúde da minha filha afastada do trabalho por precaução e da minha esposa.
Aumentamos todos os cuidados para evitar que elas também fossem contaminadas.
Domingo, dia 30 de agosto – (dia 16)
As dores pelo corpo, a falta de ar e a dor de cabeça começaram a diminuir bastante durante o dia. A tosse continuava intensa.
Segunda-feira, dia 31 de agosto – (dia 17)
Nesse dia o meu estado clínico já estava bem melhor.
Fiz novamente o teste e o resultado mostrou que eu já havia desenvolvido anticorpos e estava com a minha recuperação excelente.
Nesse mesmo dia a Jeniffer também fez o teste e o resultado foi novamente negativo o que permitiu o retorno imediato ao trabalho dela.
Como posso ter me infectado com o Coronavírus?
Eu acredito que peguei o COVID-19 em alguma Padaria, Restaurante ou Café que frequentei.
Por questões éticas não vou citar o nome de nenhum local que frequentei e sim apenas comentar sobre como eu posso ter sido infectado.
Nesse novo normal, fazemos o pedido do café ou do que pretendemos consumir e recebemos em seguida a comanda.
Após isso, vamos consumir o que pedimos no balcão ou nas mesas.
Até esse momento, acreditamos que estamos seguros e muitas vezes ainda com a máscara.
Porém quando o pedido chega e vamos começar a nos alimentar, percebemos que o guardanapo, sal, açúcar ou adoçante, em alguns locais ainda continuam em cima das mesas.
Esse é o momento onde estamos extremamente vulneráveis para contrair o COVID-19 pois as embalagens nas mesas ficam expostas ao contato físico de outras pessoas que podem sim estar contaminadas.
Um pequeno descuido faz com que levemos essa contaminação aos nossos olhos ou boca, através das mãos.
Essa possibilidade para mim é muito clara.
Não acredito que peguei esse vírus de outra forma pois na minha casa somos muito cuidadosos e mantemos uma higienização completa para evitar que possamos ficar doentes.
Até esse momento minha esposa e a minha filha estão ótimas de saúde, mesmo tendo convividos juntos em todo período que eu estive doente.
Como você pode evitar o Coronavírus?
Fica meu apelo para que você redobre o cuidado e se proteja ao máximo em situações parecidas.
Como estou nesse momento?
Hoje é sábado, dia 05 de setembro e eu estou me sentindo praticamente curado e com muita energia.
De todos os sintomas que tive durante o período crítico, o único que ainda permanece, mas com pouca intensidade é a tosse.
Algumas pessoas me perguntam se em algum momento eu tive medo…
“Sim, tive medo.”
Eu tive muito medo de que o meu quadro de saúde se agravasse e fosse necessário uma internação para tratamento.
Porém, eu tinha uma fé viva de que iria superar essa enfermidade e de que iria usar essa adversidade para me tornar uma pessoa melhor.
Considero que a minha recuperação foi um grande presente de Deus e mais do que nunca, tenho certeza de que tudo o que acontece em nossas vidas, faz parte de um plano maior.
Aproveito para ser grato a todos que me ligaram, enviaram mensagens, oraram e torceram pela minha recuperação.
Que Deus cuide e abençoe você hoje e sempre!
Um grande beijo e abraço! O melhor sempre está por vir!