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Muitas pessoas me perguntam qual a diferença entre construção modular off-site e construção com Light Steel Frame, algumas pessoas até se confundem e acham que podem fazer construções modulares usando “apenas” perfis de Light Steel Frame…
“Calma, não é tão simples assim.”
Para explicar o que é construção modular off-site na sua verdadeira concepção, recebi a contribuição de um profissional extraordinário especialista no assunto.
Pedi autorização para contar uma parte da história de vida dele e da sua empresa que hoje, sem dúvida nenhuma, se transformaram no maior case de sucesso em construção modular off-site no Brasil.
“Quero fabricar casas tão bem elaboradas quanto a fabricação de um carro em sua linha de produção. Desejo também, entregar valor a uma sociedade que tanto anseia por uma moradia sustentável. Contudo, sonho em um dia ir a uma concessionária Brasil ao Cubo e poder trocar a minha casa modelo 2016 por uma do ano de 2039 com seus respectivos itens de série.”
Se você acredita que o desejo acima é algo inatingível, te convido a conhecer um pouco da história de Ricardo Mateus, 33 anos, Engenheiro Civil e também de Produção e fundador e CEO da construtech Brasil ao Cubo.

Entre os anos de 2000 e 2008, Ricardo teve o seu primeiro contato com o mercado de construção quando começou a atuar como soldador e montador na empresa de estruturas metálicas do pai, na cidade de Tubarão, em Santa Catarina.
Na faculdade, por meio de um programa de iniciação científica, conheceu o Light Steel Frame e descobriu o potencial e a versatilidade de poder fabricar grande parte dos materiais dentro da fábrica e posteriormente montar no canteiro de obras.
“Eu fiquei fascinado e quis implantar essa ideia na empresa da família. De 2010 a 2012 fizemos 12 projetos e todos foram um fracasso.”
Em 2013, já com os conhecimentos adquiridos com a formação em Engenharia de Produção, Ricardo teve certeza que deveria criar uma metodologia mais avançada, com uma visão de que o projeto deveria ser tridimensional e volumétrico.
Mesmo com essa descoberta, Ricardo se deparou com mais um obstáculo já que o seu pai enfrentava um prejuízo enorme e deu o ultimato:
“Ou você para com essa ideia ou sai da minha empresa.”
Em decorrência de alguns fatores que inviabilizaram a continuidade da operação, o pai de Ricardo achou por bem encerrar as atividades da sua empresa em 2015.
Ricardo persistiu com a sua visão de futuro e com a coragem para seguir em frente com o seu objetivo, porém era necessário adquirir outras competências para levar o seu ousado projeto adiante.
Em 2016, depois de uma grande jornada em busca de novos conhecimentos, em uma feira de construção, nasceu a Brasil ao Cubo, uma construtech (Startup destinada a transformar processos e gerar valor através de uma construção que utiliza tecnologia ao seu favor).
Em 2017 a Brasil ao Cubo entregou 17 obras, em 2018 a empresa cresceu mais de 300% e chegou em um faturamento próximo de 6 milhões de reais.
No ano de 2019 o faturamento da companhia saltou de 6 para 71 milhões de reais.
Em 2020, em meio a pandemia, a Brasil ao Cubo teve um faturamento próximo de 200 milhões e construiu em parceria com empresas como Ambev e Gerdau, o Hospital Municipal M`Boi Mirin Dr. Moysés Deutsch em São Paulo e o Hospital Independência em Porto Alegre entre tantos outros.
Assista ao vídeo que mostra a construção hospitalar mais rápida do Brasil.
A Brasil ao Cubo mostra a grande eficiência do seu método construtivo quando consegue construir em 120 dias, 5 hospitais, chegando ao total de 336 leitos, distribuídos em 6.000m², totalmente prontos para ser entregue a população, justamente no momento onde a capacidade de atendimento na maior parte das cidades brasileiras está chegando ao seu limite.
“Muita gente não acredita que a construção modular pode ser utilizada para fazer edifícios maiores.’
Se você é uma dessas pessoas, fique sabendo que o Edifício LEVEL (8 pavimentos), está sendo construído pela Brasil ao Cubo, em Tubarão no Estado de Santa Catarina.
Pode acreditar, essa obra está sendo executada e será entregue em incríveis 100 dias.
Essa agilidade construtiva é o resultado do eficiente sistema Plug and Play da Brasil ao Cubo, que permite projetar e “fatiar” uma construção em módulos, em dimensões possíveis de serem transportados utilizando carretas e depois conectados uns aos outros no canteiro de obras em uma velocidade extraordinária através de guindastes de médio ou grande porte.
Os módulos são fabricados e montados com acabamentos, em alguns casos até com a mobília, dentro de um parque fabril através de linhas de produção em série, com alto padrão de qualidade e uma facilidade de aumento de escala de acordo com a demanda.
Esse processo produtivo pode ser replicado de forma muito ágil em outros parques fabris espalhados geograficamente para atender demandas construtivas locais.
A Construção Modular é fascinante e com certeza vai ganhar cada vez mais espaço no cenário imobiliário brasileiro.
Porém, essa é uma operação que exige uma excelente estrutura física e de suporte tecnológico, um time de profissionais com níveis técnicos avançados e diferenciados, muitos recursos financeiros para investimentos em estudos e desenvolvimento de novos produtos para atender com cada vez mais qualidade e eficiência, as exigências do mercado de construções modulares ou offsite.
Quer se aprofundar mais no assunto “construções Industrializadas” ou tem alguma dúvida que gostaria de esclarecer? Fique a vontade para enviar uma mensagem através do formulário abaixo.
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Um grande abraço!
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Espetacular!!! Acredito ser o presente e futuro da construção no mercado Brasileiro, quiçá no mercado mundial, ao lado da light steel frame. Que ninguém duvide : )